Dança, amor, dedicação e inovação por uma educação transformadora e inclusiva. O trabalho do professor da rede municipal de ensino de Duque de Caxias, Guilherme Dias, é um dos exemplos que traduzem essa entrega. Durante a pandemia, ele, que dá aulas de dança para estudantes com deficiência na Associação Pestalozzi de Duque de Caxias, no bairro Parque Boa Vista, se reinventou para se adaptar ao novo normal. As aulas presenciais de ballet, entre outros estilos, passaram a ser realizadas por uma plataforma virtual. O que parecia difícil, segundo o professor, está tendo um retorno recompensador. Tanto que, atualmente, eles estão ensaiando novas coreografias para se apresentarem em um sarau, organizado pela E.M. Dr. Álvaro Alberto, que também desenvolve um trabalho de referência com alunos com deficiência. A data da estreia ainda será marcada.
“A dança é muito importante para o desenvolvimento desses estudantes, por isso eu precisava criar um meio para mantê-los ativos, sem perder o ritmo. Adaptei o ensino das coreografias e eles corresponderam. A alegria e a dedicação deles são gratificantes para mim. Além disso, o apoio da família tem sido fundamental”, relata o professor.
Para a mãe do aluno Pedro Antônio Avelar, de 19 anos, que tem síndrome de down, a vida do seu filho mudou desde que as aulas retornaram.
“É incrível como o ballet faz bem ao meu filho. Quando houve uma pausa nas aulas por causa da pandemia, ele ficou muito triste, mas agora é outro menino. A alegria é tanta que quando dá a hora da aula, ele mesmo liga o computador, sem pedir ajuda, e se entrega aos passos da dança”, emocionou-se.
Vale ressaltar que a Associação Pestalozzi de Duque de Caxias possui uma parceria com a prefeitura municipal de Duque de Caxias para desenvolver um ensino multidisciplinar aos alunos com deficiência.

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